domingo, 22 de outubro de 2017

POSSÍVEL PROVA PARA O EQUILÍBRIO PONTUADO COMO PROVA VISUAL DA EVOLUÇÃO

PRIMEIRO 

Coloque lado a lado o DNA do homem e o do chimpanzé e você descobrirá que existe uma diferença de pouco mais de 1% entre nós e eles. Até as cadeias de cromossomos de ratos e camundongos, por exemplo, têm menos em comum entre si do que nós e os outros primatas. Apesar disso, ratos e camundongos são mais parecidos que humanos e chimpanzés fenotipicamente. A principal razão para isso é a própria genética: quando se trata de cadeias de DNA, uma ínfima mudança de ordem pode incorrer em uma grande alteração no fenótipo. Apenas 1% difere entre chimpanzés e humanos, mas estas alterações se espalham por 80% dos nossos cerca de 30 mil genes. Dessa maneira, fica fácil haver duas espécies completamente distintas.

SEGUNDO

De acordo com muitos especialistas, incluindo o biólogo evolucionista Richard Dawkins, a mais famosa evidência a favor da evolução está no código genético. Os seres humanos têm 23 pares – de cromossomos em cada uma de suas células. Os primatas, pelo contrário, têm 24 pares de cromossomos. Então, se nós somos primos muito próximos, a evolução tem um quebra-cabeça para explicar: Como é que fomos acabar com um par de cromossomos a menos do que eles têm?

O Cromossomo 2 é amplamente aceito como resultado de uma fusão telômero-telômero entre dois cromossomos ancestrais. As evidências disso incluem:

Fusão de cromossomos ancestrais deixaram vestígios de telômeros e um centrômero vestigial:
  • A correspondência do cromossomo 2 com dois cromossomos de símios. O parente mais próximo do homem, o chimpanzé, tem sequências de DNA quase totalmente idênticas ao cromossomo 2 humano porém em dois cromossomos separados. O mesmo é fato para mais distantes como o gorila e o orangotango.
  • A presença de um centrômero vestigial. Normalmente um cromossomo possui apenas um centrômero mas no cromossomo 2 encontram-se vestígios de um segundo.
  • A presença de telômeros vestigiais. Esses são normalmente encontrados apenas nos finais do cromossomo mas no cromossomo 2 encontramos sequências de telômeros no meio.
O cromossomo 2 é, assim, forte evidência da origem comum de humanos e outros primatas. Segundo o pesquisador J. W. IJdo:
Nós concluímos que o locus clonado nos cosmídios c8.1 e c29B é a lembrança de uma antiga fusão telômero-telômero e marca o ponto em que dois cromossomos simiescos ancestrais fundiram-se originando o cromossomo 2 humano.


TERCEIRO

Na década de 70, quando fazia doutorado na Universidade de Colúmbia, Gould, juntamente com seu colega Niles Eldredge, estudava fósseis para tentar entender como a evolução operou no passado. No meio do estudo, os dois depararam com um problema aparentemente insolúvel. Não conseguiam achar mudanças graduais nas espécies, como previa a teoria de Darwin. Segundo ela, os organismos de uma mesma espécie competem entre si e o mais bem adaptado ao ambiente sobrevive e passa para seus descendentes suas características. Tudo isso ocorreria de forma lenta e gradual, sem sobressaltos, causando mudanças imperceptíveis que só se tornam relevantes depois de muito tempo, à medida que as gerações se acumulam. Mas, em vez disso, Gould e Eldredge encontraram longos períodos de quase total estabilidade, sem mudança nenhuma, eventualmente interrompidos por surtos de novas espécies aparecendo de uma hora para a outra.

Darwin, mais de um século antes, até já havia topado com o mesmo problema, mas convenceu a si mesmo e ao mundo que a falta de fósseis era devida à nossa dificuldade em achá-los. Gould, numa demonstração do seu espírito detetivesco, usou as velhas evidências para chegar a uma conclusão totalmente nova. Em 1972, ele e Eldredge criaram a polêmica teoria do equilíbrio pontuado, propõe que a maior parte das populações de organismos de reprodução sexuada experimentam pouca mudança ao longo do tempo geológico e, quando mudanças evolutivas no fenótipo ocorrem, elas se dão de forma rara e localizada em eventos rápidos de especiação(cladogênese), ou seja, as espécies realmente dão saltos evolutivos,

Desta forma esta teoria é frequentemente contrastado com a teoria do gradualismo, a qual afirma que a evolução ocorre de maneira uniforme, por mudança contínua e gradual de linhagens inteiras (anagênese). Segundo essa visão, a evolução é vista como um processo suave e contínuo.

O trabalho de Eldredge e Gould baseava-se na teoria de especiação alopátrica proposta por Ernst Mayr, nas teorias de homeostase genética e do desenvolvimento de I. Michael Lerner, assim como na pesquisa empírica dos autores. Eldredge e Gould propuseram que o nível de gradualismo considerado por Charles Darwin era praticamente inexistente no registro fóssil, e que a estabilidade dominava a história da maioria das espécies fósseis.

A idéia soou como sacrilégio aos ouvidos dos mais fiéis seguidores do darwinismo, gente que não ousa colocar em dúvida a tese da evolução lenta e gradual. a tese é controversa e, no caminho para divulgá-la, Gould adquiriu críticos respeitáveis. Seu colega biólogo da Universidade de Sussex, Inglaterra, John Maynard Smith, afirmou em um artigo na The New York Review of Books que as idéias de Gould eram tão confusas que não valiam nem o trabalho de discuti-las. Outro famoso colega inglês, Richard Dawkins, disse que Gould superestimou imensamente seu trabalho e tinha uma idéia exagerada sobre a importância do equilíbrio pontuado. Dawkins afirma que a força que rege a evolução sempre foi e continuará sendo a seleção natural. O equilíbrio pontuado, se é que existe, não passa de detalhe.


CONCLUSÃO DOS FATOS

Desta maneira, a diferença fenotípica entre os chimpanzés e os humanos, se dá pela fusão cromossômica, que ocorreu de forma gradual, mas fenotipicamente ocorreu abruptamente, o que seria um argumento a favor do Equilíbrio Pontual.

Como provar(visualmente)?
Ignorantemente "afirmando"(pelo fato de não ser formando na área nem ter conhecimentos avançados em genética), caso, transferíssemos, com a engenharia genética, os dois cromossomos dos chimpanzés para a localização do cromossomo 2 humano, nasceria, muito provavelmente, ou não, um chimpanzé por um humano. O inverso poderia ser feito: transferir o cromossomo 2 humano para o local onde se localiza os dois cromossomos do chimpanzé, nasceria um humano por um chimpanzé.

Lembrando: isso é apenas uma especulação extrapolada derivada da minha ignorância de processos biológicos.

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